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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aula: Bem aventurados os puros de coração - Juventude - 29/10/2011

PROGRAMA 2011 - AULA APLICADA

EDUCAÇÃO ESPÍRITA JUVENIL - PRÉ MOCIDADE

OUTUBRO

Tema Central: As Bem Aventuranças

Objetivo Formativo: Compreender que os pressupostos contidos nas bem-aventuranças sintetizam a ética do bem viver.

Objetivo Informativo: Reconhecer que o Sermão da Montanha é parâmetro de conduta nos relacionamentos.

29/10

Bem aventurados os puros de coração

Resumo

  1. Prece inicial 5’
  2. Retomar o tema do mês. Bem aventuranças (para que serviu e para que serve) 5’
  3. Falar a eles o tema da aula. Puros de coração:

“Bem - Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus"! (Mateus V: 8)”

  1. Atividade inicial 25’
  2. Explanar sobre o tema – como podemos buscar ser puros de coração de agora em diante (apresentar trechos do filme O Perdido é Achado - Cap.10 Desenhos - Filmes Biblicos) 15’
  3. Atividade final 10’
  4. Prece Final 5’

Dinâmica

Atividade Inicial:

Objetivo: favorecer a participação dos educandos.

Material necessário: folhas em branco, canetas e balões coloridos.

Aplicação:

1. Para iniciar a atividade, distribua uma caneta, uma folha de papel e um balão para cada um; Inicie a atividade pedindo para escreverem num papel o que eles acham ser puros de coração. Peça para todos colocarem o papel na bexiga e encherem seus balões e, após cheios e fechados, todos devem colocar seus balões no chão. 5’ Pedir para cada um pegar um balão que não o seu e iniciar uma brincadeira jogar os balões como petecas para amigos sem deixar cair... Depois de 5’ pedir para estourarem o balão. Pegar um papel e ler o que esta escrito e o que eles acham que devem fazer para se tornarem puros de coração.15’ ou 20’

Atividade Final:

Objetivo: favorecer a reflexão

Material necessário: copinhos descartáveis, laranjas e suco de limão sem açúcar.

Pedir para que contemplem as laranjas... falar sobre as laranjas. Como elas são, suas características.

Depois pedir para que todos juntos bebam do suco no copinho.

Trazer a Frase do Evangelho

Verdadeira pureza:

Enquanto ele falava, um fariseu lhe pediu que fosse jantar em sua companhia. Jesus foi e sentou-se à mesa. - O fariseu entrou então a dizer consigo mesmo: "Por que não lavou ele as mãos antes de jantar?" Disse-lhe, porém, o Senhor: "Vós outros, fariseus, pondes grandes cuidado em limpar o exterior do copo e do prato; entretanto, o interior dos vossos corações está cheio de rapinas e de iniqüidades. Insensatos que sois! aquele que fez o exterior não é o que faz também o interior?" (S. LUCAS, cap. XI. vv., 37 a 40.)

Fazer refletir:

Temos uma única escolha a fazer. Ser felizes ou ser infelizes!

Nós escolhemos nossas ações e pensamentos.

O que devemos fazer a partir de hoje?

sábado, 22 de outubro de 2011

Aula: Corpo, Espírito e Perispírito - Infantil

Tema Central : MUNDO ESPÍRITA
Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que o mundo espiritual é realidade universal.
Objetivo Informativo: Reconhecer a filiação divina de todos os espíritos.
Turma: JARDIM

1) Incentivação
Encher uma bexiga.
Questionar os educandos sobre o que há em seu interior. Perguntar como sabem e se conseguem ver.
Comparar nosso corpo à bexiga e seu interior ao nosso espírito.
Informar que há outro item que é o elo de ligação entre os dois.

2) Desenvolvimento
Contar a história: Dona Galinha Cocoricó - interagir com os educandos

Dona Galinha Cocoricó ouviu seu pintinho perguntar:

- Manhêêê... Quem nasceu primeiro – o ovo ou a galinha?


- Ora, ora pintinho. Me responda você: quem fez o ovo, a galinha, o gato, o cão, a flor e as criancinhas?

Pintinho nunca havia pensado nisso. Certamente alguém muito poderoso. Mas quem? Vocês já imaginaram? (PAUSA)

- Deus. Ele é o início de todas as coisas. Fez tudo o que existe, desde o sol e o universo até os bichinhos do jardim. Ele utilizou uma energia sem fim.

(COMO SE CHAMA ESSA ENERGIA?)

- Espírito. É ele que nos faz viver.

Pintinho olhou suas peninhas amarelinhas e disse:

- Isso é meu Espírito? Apontando para suas peninhas.

- Não isso é o seu corpinho. Ele é a sua CASCA. Ele te protege e te leva a todos os lugares, até o fim de sua missão.

- Então eu sou igual ao OVO, tenho uma CASCA. E o meu espírito é a GEMA? E eu também tenho CLARA?

- Calma, calma, seu falante! É mais ou menos assim. Deus te deu uma casca que é seu corpo. Te deu uma clara também que é seu PERISPÍRITO. (ALGUÉM SABE O QUE É ISSO?)

Ele liga o seu pensamento (Espírito) ao seu coração (Corpo). O perispírito registra suas emoções e suas ações. Tem o mesmo formato que você. Só que não podemos ver porque é transparente como a clara.

MÃE - E a gema? É o começo da vida? Sabe o que ela representa?

- Já sei. É igual ao meu espírito. Dá a vida. A vida nunca acaba. A casca quebra e o resto está em transformação. Quando a casca se quebrar, a vida vai continuar. E cada vez melhor vamos ficar.

- Muito bem Pintinho. Você aprendeu a lição. O que você entendeu?

O Pintinho gritou feliz:

- Agora é a minha vez. Eu não sou um. Sou três.

Ao término da história, demonstrar as partes do ovo (cru ou cozido) e questionar os educandos sobre cada parte - casca, clara e gema.

3) Fixação
Montar um livreto com imagens de menino ou menina.
A primeira imagem deve ser em papel sulfite. Os educandos podem colorir.
As demais imagens devem ser cópias em papel vegetal.
Colar glitter ou estrelinhas no espírito.
Grampear as folhas em sequência - corpo, perispírito e espírito.





Aula - Direitos e deveres : limites individuais e sociais - Infantil

Tema Central: COMPANHEIRISMO
Objetivo Formativo: Desenvolver sentimento de solidariedade para com todas as pessoas.
Objetivo Informativo: Reconhecer a importância de respeitar e aceitar o jeito de ser de cada um.
Turma: JARDIM

1) Incentivação
Propor uma brincadeira que envolva as leis de trânsito.
Os alunos recebem bonecos (representarão os pedestres) e carrinhos. Deverão movimentar as peças sobre uma maquete que simule uma cidade com semáforos e faixas de pedestre.
Dirigir a brincadeira ressaltando as leis e permitir que brinquem livremente.
Logo após, propor uma reflexão sobre a necessidade de leis (regras / normas) para que as pessoas possam conviver em harmonia e respeitando os limites dos outros.

2) Desenvolvimento
Conversar a respeito da escola que frequentam. Questionar sobre a existência de regras para utilizar os materiais, os espaços, o horário do lanche, o empréstimo de livros, o dia do brinquedo, entre outros.
Propor a confecção de um contrato pedagógico a ser utilizado no decorrer de todo ano. É preciso constar os direitos e os deveres de todos e levar em conta todas as sugestões das crianças.
Ao final, todos devem assinar o contrato.

3) Fixação
Confeccionar um fantoche do SMILE.
Material - carinhas amarelas + palito de sorvete + cola
As crianças desenham o sorriso para cantar uma música.


Dê um sorriso só, sorriso aberto,
Sorriso certo cheio de amor.
Dê um sorriso só, sorriso aberto
Sorriso certo cheio de amor.
Quem tem Jesus, gosta de cantar.
Está sempre sorrindo, mesmo quando não dá.
Tropeça aqui ô, ô, cai acolá,
Cai de novo, levanta e continua a cantar,
Cai, de novo, levanta e continua a cantar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aula: Amor à Vida - 28/05/2011

Tema: Amor à vida

28/05/2011

Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que as relações sociais propiciam o desenvolvimento das virtudes.

Objetivo Informativo: Identificar comportamentos que impedem a ascensão espiritual.

Incentivação Inicial: Vamos brincar de STOP ?

ð Quem concluir um pensamento, fala STOP !

ð Colocar algumas palavras e pedir para que eles escrevam ou falem uma frase a respeito

AMOR, VIDA, CONSERVAÇÃO, MORTE, PONTE, CUIDADO, SAUDÁVEL, SONO, REJEIÇÃO, MEDO, FÉ

Desenvolvimento: vamos falar sobre AMOR À VIDA ?

ð Distribuir frases sobre o tema e colocar na roda para discutir.

ð Discutir cada frase e solicitar o ponto de vista de cada um para que possamos explorar bem o amor à vida, à Deus, nosso motivo de encarnação. Trazer à pauta o tema dos vícios para esclarecer a importância de ser saudável(física, emocional e espiritualmente), buscar o tema da aula corpo-espírito-perispírito.

1) Há uma beleza infinita na vida que às vezes demoramos a perceber, algo que nos prende ao ato de viver, facilitando a vigência do instinto de conservação.

2) Poderia a morte romper a delicada tecitura do amor que compõe a vida?

3) A forma material morre para renovar a vida, para que a essência espiritual continue a evoluir, crescer, aperfeiçoar-se através das vidas sucessivas.

4) O AMOR é a ponte que liga os mundos material e espiritual.

5) O tempo, hábil conselheiro, traz o esquecimento das dores e cicatriza as feridas abertas pelos sofrimentos mais acerbos. É o amor incentivando a vida.

6) Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestruturada

7) O tabagismo destruidor, inveterado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, criando dependência irrefreável, transformando-se em estímulo nas mentes juvenis para a usança de tais bengalas psicológicas, que são porta de acesso a outras substâncias químicas mais perturbadoras.

8) Os conflitos, de qualquer natureza, constituem os motivos de apresentação falsa para que o indivíduo se atire ao uso e abuso de substâncias perturbadoras, hoje ampliadas com os barbitúricos, a heroína, a cocaína, o crack e outros opiáceos.

9) Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo.

Conclusão: Eu me amo porque...

Pedir para cada um completar a frase.


Bibliografia:

Amor à Vida

Amílcar Del Chiaro Filho

Há uma beleza infinita na vida que às vezes demoramos a perceber, algo que nos prende ao ato de viver, facilitando a vigência do instinto de conservação.

Não raro, só percebemos isso ao ter a nossa vida ameaçada, ou sofrer a desencarnação de algum ente querido, quando então apegamo-nos ao viver, ou à esperança, do reencontro, mesmo que ela seja tão fina como o fio de uma teia de aranha.

Ao passarmos pela experiência da proximidade da morte valorizamos o conhecimento da Doutrina Espírita, que de forma clara nos mostra a imortalidade racional, objetiva, porém carregada de emoções.

Poderia a morte romper a delicada tecitura do amor que compõe a vida? De forma alguma! Existe algo entre o céu e a Terra que pode romper os liames do amor ou esgarçá-los? — Também não — Por que então existe a morte?

Talvez a maioria das religiões e filosofias não possam responder esta pergunta, mas o Espiritismo pode e responde com muita clareza: a morte existe para a renovação da vida. O que morre é a forma física, o revestimento material, porque o ser espiritual é imortal. A forma material morre para renovar a vida, para que a essência espiritual continue a evoluir, crescer, aperfeiçoar-se através das vidas sucessivas.

Neste mundo relativamente atrasado, ainda muito sensorial, a ausência física do ser amado causa muita dor, pois, não podendo senti-lo, vê-lo, tocá-lo, desesperamo-nos, e o coração fica angustiado pela ausência. Queremos ver a figura amada, ouvir a sua voz, e as lembranças como fotos e filmes, ou mesmo objetos, aumentam a tristeza, e há os que se desesperam. É neste ponto que o Espiritismo enche o nosso coração de consolações e esperanças.

Insistimos na primeira indagação: Poderia a morte romper a tecitura do amor? Afirmamos novamente que não. Mesmo que a vida não fosse imortal o amor sobreviveria. No entanto a vida é permanente e ela só pode ser definida pela palavra amor.

Se existe uma diferença vibratória entre o mundo que vivemos e o dos espíritos, ligando-os, há uma ponte construída com um material que se chama amor. É através desta ponte que os espíritos que se amam transitam, e pela mediunidade se comunicam, quer ostensiva e objetivamente, quer de modo sutil, pelo pensamento ou pelos sonhos.

Ver um berço vazio onde até há pouco tempo havia uma presença querida, é uma experiência muito dolorosa para uma mãe, como também é doloroso entregar de volta as jóias que Deus confiou aos nossos cuidados, mas é confortador saber que a separação não é definitiva, e sim transitória. Por isso insistimos que o Espiritismo é um cântico de amor à Vida.

Talvez o ouvinte possa julgar que estamos divagando. Quem ainda não entregou alguém amado ao mundo espiritual, não pôde sentir ainda a força total desta experiência. Se ela é altamente dolorosa, é ao mesmo tempo rica, permitindo-nos acompanhar pelo coração a entrada do ser amado nesse mundo que não é misterioso, nem escuro, pois o Espiritismo que poetisa a vida, também ilumina a morte.

É muito significativo que há dois mil anos, quando retiraram a pedra que fechava um certo túmulo de um moço carpinteiro, que usava cabelos longos de Nazareno, e que foi crucificado por causa da sua doutrina de amor, igualdade, perdão e bondade, encontraram-no vazio.

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/amilcar/amor-a-vida.html

http://www.youtube.com/watch?v=ei_ltKL-vSw Palestra Alberto Almeida Amor como Fonte de Vida

O AMOR É LEI DA VIDA

Você já se deu conta de que o amor é a lei maior que rege a vida?

Antes de pensar numa resposta negativa, reflita um pouco sobre as seguintes considerações.

Da batalha entre a chuva e o sol surge o arco-íris, exibindo suas múltiplas cores, tornando a paisagem mais bela e mais poética. É o amor sugerindo harmonia.

Sob o rumor da cascata, que jorra violenta sobre as rochas desalinhadas e pontiagudas, as andorinhas fazem seus ninhos e garantem revoadas em todos os verões. É o amor orientando o instinto.

Sob a neve que se estende sobre planícies e montes gelados as sementes dormem, para explodir em flor aos primeiros beijos do sol da primavera. É o amor acordando a vida.

O tempo, hábil conselheiro, traz o esquecimento das dores e cicatriza as feridas abertas pelos sofrimentos mais acerbos. É o amor incentivando a vida.

Quando a doença corrói o corpo físico, causando desconforto e dor, e os órgãos já não têm forças para manter funcionando a máquina de carne, a morte, como hábil cirurgiã, liberta o Espírito do fardo inútil. É o amor renovando a vida.

Junto com a tempestade que rasga os céus com raios e trovões, chega a chuva generosa, fertilizando a terra e garantindo a boa safra. É o amor propiciando a vida.

Sob a pesada pedra, a frágil semente germina e rasteja, contorna obstáculos, até encontrar a luz e florescer, vitoriosa. É o amor orientando a vida.

Os séculos, quais anciães compassivos, se dobram sobre as memórias dos povos vencidos nas guerras promovidas pelo egoísmo, trazendo o bálsamo do esquecimento. É o amor amenizando o ódio.

Na face do solo rachado, crestado pela seca implacável, surge pequeno olho d'água, dando notícias da vida que persiste, submersa, invencível. É o amor alimentando a esperança.

Nos conflitos das guerras sangrentas e cruéis o homem transforma o mundo em que vive, criando tecnologia e fomentando o progresso. É o amor promovendo o esclarecimento.

As marcas profundas esculpidas nas almas pelos holocaustos de toda ordem, forjam pérolas de luz nos corações sensíveis e os eleva acima das misérias humanas. É o amor gerando o entendimento.

Quando um agente externo qualquer penetra o organismo humano, imediatamente um exército de células-soldados entra em combate para eliminar o intruso e garantir a saúde. É o amor defendendo a vida.

O amor age em silêncio, trabalha incansavelmente para garantir a harmonia da vida.

Nada supera a sua potência. Nada supera a sua ação.

O amor é a lei maior da vida, e rege o micro e o macrocosmos, sem alarde, sem exibição.

* * *

Cada planeta que se movimenta no espaço é um orbe em evolução, gravitando na lei de amor.

Cada estrela que brilha no Infinito, é um astro que conquistou a condição de mundo sublime, e está sustentado pela lei de amor...

Cada criança que renasce nos palcos terrenos, traz consigo um plano de felicidade, traçado pelas leis de amor...

O ser humano, que age e interage no meio em que vive, fomentando o progresso, está sob o amparo da lei de amor.

Cada anjo que habita os mundos sublimes é um Espírito de luz que conquistou o mais alto grau na universidade da vida, e hoje nos convida ao amor...

Redação do Momento Espírita Em 14.02.2011.

O adolescente e o problemas das drogas Joanna de Ângelis (espírito)

Entre os impedimentos para a auto-identificação, no período da adolescência, destaca-se a rejeição.

Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar, esse estigma o acompanha na escola, no grupo social, em toda parte, tornando-o tão amargurado quão infeliz.

Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestruturada, contra todos, o que é uma verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo.

Os exemplos domésticos, decorrentes de pais que se habituaram a usar medicamentos sob qualquer pretexto, especialmente Valium e Librium, como buscas de equilíbrio, de repouso, oferecem aos filhos estímulos negativos de resistência para enfrentar desafios e dificuldades de toda a natureza. Demonstrando incapacidade para suportar esses problemas sem a ajuda de químicos ingeridos os, abrem espaço na mente da prole, para que, ante dificuldades, fuja para os recantos da cultura das drogas que permanece em voga.

Por outro lado, a exuberante propaganda, a respeito dos indivíduos que vivem buscando remédios para quaisquer pequenos achaques, sem o menor esforço para vencê-los através dos recursos mentais e atividades diferenciadas, produz estímulos nas mentes jovens para que façam o mesmo, e se utilizem de outro tipo de drogas, aquelas que se transformaram em epidemia que avassala a sociedade e a ameaça de violência e loucura.

O alcoolismo desenfreado, sob disfarce de bebidas sociais, levando os indivíduos a estados degenerativos, a perturbações de vária ordem, torna-se fator predisponente para as famílias seguirem o mesmo exemplo, particularmente os filhos, sem estrutura de comportamento saudável.

O tabagismo destruidor, inveterado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, criando dependência irrefreável, transformando-se em estímulo nas mentes juvenis para a usança de tais bengalas psicológicas, que são porta de acesso a outras substâncias químicas mais perturbadoras.

A utilização da maconha, sob a justificativa de não ser aditiva, apresentada como de conseqüências suaves e sem perigo de maiores prejuízos, com muita propriedade também denominada erva do diabo, cria, no organismo, estados de dependência, que facultarão a utilização de outras substâncias mais pesadas, que dão acesso à loucura, ao crime, em desesperadas deserções da realidade, na busca de alívio para a pressão angustiante e devoradora da paz.

Todas essas drogas tornam-se convites-soluções para os jovens desequipados de discernimento, que se Ihes entregam inermes, tombando, quase irremissivelmente, nos seus vapores venenosos e destruidores, que só a muito custo conseguem superar, após exaustivos tratamentos e esforço hercúleo.

Os conflitos, de qualquer natureza, constituem os motivos de apresentação falsa para que o indivíduo se atire ao uso e abuso de substâncias perturbadoras, hoje ampliadas com os barbitúricos, a heroína, a cocaína, o crack e outros opiáceos.

E não faltam conflitos na criatura humana, principalmente no jovem que, além dos fatores de perturbação referidos, sofre a pressão dos companheiros e dos traficantes -que se encontram nos seus grupos sociais com o fim de os aliciar; a rebelião contra os pais, como forma de vingança e de liberdade; a fuga das pressões da vida, que lhe parece insuportável; o distúrbio emocional, entre os quais se destacam os de natureza sexual...

A educação no lar e na escola constitui o valioso recurso psicoterapêutico preventivo em relação a todos os tipos de drogas e substâncias aditivas, desvios comportamentais e sociais, bengalas psicológicas e outros derivativos.

A estruturação psicológica do ser é-lhe o recurso de segurança para o enfrentamento de todos os problemas que constituem a existência terrena, realizando-se em plenitude, na busca dos objetivos essenciais da vida e aqueloutros que são conseqüências dos primeiros.

Quando se está desperto para as finalidades existenciais que conduzem à auto-realização, à auto-identificação, todos os problemas são enfrentados com naturalidade e paz, porquanto ninguém amadurece psicologicamente sem as lutas que fortalecem os valores aceitos e propõem novas metas a conquistar.

Os mecanismos de fuga pelas drogas, normalmente produzem esquecimento, fugas temporárias ou sentimento de maior apreciação da simples beleza do mundo, o que é de duração efêmera, deixando pesadas marcas na emoção e na conduta, no psiquismo e no soma, fazendo desmoronar todas as construções da fantasia e do desequilíbrio.

É indispensável oferecer ao jovem valores que resistam aos desafios do cotidiano, preparando-o para os saudáveis relacionamentos sociais, evitando que permaneça em isolamento que o empurrará para as fugas, quase sem volta, do uso das drogas de todo tipo, pois que essas fugas são viagens para lugar nenhum.

Sempre se desperta desse pesadelo com mais cansaço, mais tédio, mais amargura e saudade do que se haja experimentado, buscando-se retomar a qualquer preço, destruindo a vida sob os aspectos mais variados

Por fim, deve-se considerar que a facilidade com que o jovem adquire a droga que lhe aprouver, tal a abundância que se lhe encontra ao alcance, constitui-lhe provocação e estímulo, com o objetivo de fazer a própria avaliação de resultados pela experiência pessoal. Como se, para conhecer-se a gravidade, o perigo de qualquer enfermidade, fosse necessário sofrê-la, buscando-lhe a contaminação e deixando-se infectar.

A curiosidade que elege determinados comportamentos desequilibradores já é sintoma de surgimento da distonia psicológica, que deve ser corrigida no começo, a fim de que se seja poupado de maiores conflitos ou de viagens assinaladas por perturbações de vária ordem.

Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo.

O amor possui o miraculoso condão de dar segurança e resistência a todos os indivíduos, particularmente os jovens, que mais necessitam de atenção, de orientação e de assistência emocional com naturalidade e ternura.

Diante, portanto, do desafio das drogas, a terapia do amor, ao lado das demais especializadas, constitui recurso de urgência, que não deve ser postergado a pretexto algum, sob pena de agravar-se o problema, tornando-se irreversível e de efeitos destruidores.

Extraído de "Adolescência e Vida", do espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco, Ed. LEAL, cap. 23, págs. 122 a 126


Prof. Wilma

Aula: Lei Divina ou Natural - 03/09/2011

Tema: Lei Divina ou Natural , Dia 03/set/2011

Objetivo Informativo: Reconhecer a importância das leis morais.

Objetivo Formativo: Compreender que as leis morais têm a finalidade de auxiliar no desenvolvimento moral da humanidade.

Incentivação Inicial: a dona NORMA... – 10 minutos

O que vem à sua cabeça quando você ouve a palavra NORMA ?

Pedir para que eles falem sua opinião sobre as regras no seu mundo: lar, escola, amigos, internet(redes sociais).

Desenvolvimento: EU SOU A LEI ! - 20 minutos

Justiça é (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litígio).

Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.

Dinâmica: Hoje é seu dia de JUIZ !

Separar a sala em 2 grupos: JUSTIÇA DIVINA e JUSTIÇA DOS HOMENS e entregar um caso sobre sustentabilidade e pedir o parecer de cada grupo.

=> 10 minutos para a discussão e 5 minutos para exposição de cada um

Lei Humana: Você pertence a um grupo de juízes que recebeu esta denúncia sobre a extinção na fauna brasileira. O que você irá fazer ?

Lei Divina: Você pertence a um grupo de arquitetos do Universo e foram convidados a atuar sobre a extinção na fauna brasileira. O que você irá fazer ?

“A exploração inadequada dos recursos naturais, sem um plano de manejo adequado, tem causado a extinção de centenas de espécies da fauna brasileira. De acordo com a nova lista do Ibama, lançada no dia 22 de maio de 2003, existem cerca de 400 espécies em vias de extinguir-se e 8 já extintas. Isso significa uma perda irrecuperável para o patrimônio natural brasileiro, considerado o mais bio diverso do mundo. Grande parte destas extinções acontece devido a alterações no habitat destes animais, como mudanças em cursos de rios, desmatamento excessivo e à captura e posterior venda ilegal de animais silvestres.
A nova "lista vermelha" mostra que o número de animais em risco de extinguir-se quase dobrou. Seria uma grande alegria para a natureza que acontecesse justamente o contrário: que ela estivesse cada vez mais reduzida, na contramão da crescente desordem natural que domina o mundo. “

Conclusão: JUSTIÇA DIVINA x JUSTIÇA HUMANA – 20 minutos

1. O que podemos concluir da nossa atividade ?

2. O que você acha que é LEI ?

3. Existe diferença entre LEI DIVINA e LEI HUMANA ? Por quê ?

4. Quais são as principais características da LEI DIVINA ? (onde ela está? Como eu a reconheço, Qual sua durabilidade, aceitação, conhecimento)

5. E da LEI HUMANA? Ela é igual em todos os lugares ? (cidade, estado, país)

Reforçar os atributos da divindade e nossa responsabilidade evolutiva individual de Ser FELIZ e PERFEITO: MISERICÓRDIA/BONDADE DIVINAS x LIVRE ARBÍTRIO x REENCARNAÇÃO !

**** Se der tempo, aproveitar ainda para comparar:
=> postura dos jovens perante seus pais: tratados como adultos x liberdade x maturidade

Enquanto crianças conhecemos as regras, porém testamos limites para conseguir o que queremos, validar nossas opiniões etc.

ð Assim som,os nós perante Deus, crianças espirituais imaturas.

Deus nos ensina, sabemos também suas leis desde a criação. Como crianças espirituais nós teimamos de forma parecida à do adolescente. A diferença é que Ele é um pai perfeito, não briga, não se vangloria por estar com a razão acima dos filhos, não se envaidece achando que sabe mais, não nos envergonha, nem precisa impor nada. Ele aguarda que possamos ter maturidade, percebendo a partir das nossas infrações, perceberemos o que é certo ou não fazer e nós, envergonhados pediremos a retratação, não foi Ele quem impôs.

Sua lei é imutável, diferente das leis humanas, que se adaptam a realidade de cada país e de cada época da evolução e do entendimento humano. Portanto, independente do tempo que precisarmos para perceber nossos atos infratores e decidirmos corrigir posturas, Deus nos pede sempre a mesma coisa: Que sigamos a lei natural para sermos respeitados, para respeitarmos os outros e crescermos todos juntos. Temos todos o mesmo destino: a perfeição.

Bibliografia: O Livro dos Espíritos: Parte Terceira – Leis morais

Capítulo 1 – Lei divina ou natural

Características da lei natural – Origem e conhecimento da lei natural – O bem e o mal – Divisão da lei natural

Características da lei natural

614 O que se deve entender por lei natural?

– A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.

615 A lei de Deus é eterna?

– Eterna e imutável como o próprio Deus.

616 Deus ordenou aos homens, numa época, o que lhes proibiu em outra?

– Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.

617 Que objetivos abrangem as leis divinas? Elas se referem a outra coisa além da conduta moral?

– Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é o criador de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as da alma e as pratica.

617 a É permitido ao homem se aprofundar em ambas?

– Sim, mas uma única existência não basta.

Que são, de fato, alguns anos para adquirir tudo o que constitui o ser perfeito, se considerarmos apenas a distância que separa o selvagem do homem civilizado? A mais longa existência possível de imaginar é insuficiente e com maior razão quando é abreviada, como acontece com muitos. Entre as leis divinas, umas regem o movimento e as relações da matéria bruta: são as leis físicas, cujo estudo é do domínio da ciência. Outras dizem respeito especialmente ao homem em si mesmo e em suas relações com Deus e com seus semelhantes. Elas compreendem as regras da vida do corpo como também as da vida da alma: são as leis morais.

618 As leis divinas são as mesmas para todos os mundos?

– A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam.

Origem e conhecimento da lei natural

619 Deus deu a todos os homens meios de conhecer Sua lei?

Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem; os que a compreendem melhor são os homens de bem e os que procuram pesquisá-la; entretanto, todos a compreenderão um dia, porque é preciso que o progresso se realize.

A justiça das diversas encarnações do homem é uma conseqüência desse princípio, uma vez que a cada nova existência sua inteligência é mais desenvolvida e compreende melhor o bem e o mal. Se tudo devesse se cumprir numa única existência, qual seria a sorte de tantos milhões de seres que morrem a cada dia no embrutecimento da selvageria ou nas trevas da ignorância, sem que tivesse dependido deles o esclarecimento? (Veja as questões 171 e 222.)

620 A alma, antes de sua união com o corpo, compreende a lei de Deus melhor que depois de sua encarnação?

– Compreende-a conforme o grau de perfeição que atingiu e conserva disso a lembrança intuitiva depois de sua união com o corpo; contudo, os maus instintos do homem o fazem esquecer-se dela.

621 Onde está escrita a lei de Deus?

– Na consciência.

621 a Uma vez que o homem traz inscrita na consciência a lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada?

– Ele a esqueceu e a menosprezou; Deus quis que ela fosse lembrada.

622 Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei?

– Sim, certamente; em todos os tempos houve homens que receberam essa missão. São os Espíritos Superiores encarnados com o objetivo de fazer a humanidade avançar.

623 Aqueles que pretenderam instruir os homens na lei de Deus não estavam algumas vezes enganados e, freqüentemente, não fizeram com que se transviassem por meio de falsos princípios?

– Aqueles que não são inspirados por Deus e que, levados pela ambição, se disseram portadores de uma missão que não tinham, certamente puderam desviá-los. Entretanto, como eram de fato homens de gênio, mesmo no meio dos erros ensinados muitas vezes encontram-se grandes verdades.

624 Qual é o caráter do verdadeiro profeta?

– É um homem de bem, inspirado por Deus. Pode-se reconhecê-lo por suas palavras e ações. Deus não se serviria da boca de um mentiroso para ensinar a verdade.

625 Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e

modelo?

– Jesus.

Jesus é para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.

Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o desviaram, ensinando-lhe falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram apenas leis humanas criadas para servir às paixões e dominar os homens.

626 As leis divinas e naturais só foram reveladas aos homens por Jesus e, antes dele, tinham conhecimento delas apenas pela intuição?

– Não dissemos que elas foram escritas em todos os lugares? Todos os homens que meditaram sobre a sabedoria puderam compreendê-las e ensiná-las desde os séculos mais remotos. Com os seus ensinamentos, mesmo incompletos, eles prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da natureza, o homem pôde conhecê-las quando as quis procurar. Eis por que os preceitos que consagram foram proclamados em todos os tempos pelos homens de bem e é por isso, também, que se encontram seus elementos na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie, embora incompletos ou alterados pela ignorância e pela superstição.

627 Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento dado pelos Espíritos? Terão a nos ensinar alguma coisa a mais?

– A palavra de Jesus era, muitas vezes, alegórica e em parábolas, porque falava de acordo com os tempos e os lugares. É preciso agora que a verdade seja inteligível para todo mundo. É preciso também explicar e desenvolver essas leis, uma vez que há tão poucas pessoas que as compreendem e ainda menos as que as praticam. Nossa missão é de abrir os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da virtude e da religião para ocultarem suas baixezas. O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso, não é correto que cada um possa interpretar a lei de Deus ao capricho de suas paixões nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.

628 Por que a verdade nem sempre foi colocada ao alcance de todos?

– É preciso que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso se habituar a ela pouco a pouco; de outro modo, fica-se deslumbrado.

Nunca ocorreu que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão completas e instrutivas como as que lhe é dado receber hoje. Havia, como sabeis, na Antiguidade, alguns indivíduos que estavam em poder do que consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério aos que, de acordo com o seu julgamento, eram profanos. Deveis compreender, com o que conheceis agora das leis que regem os fenômenos das comunicações dos Espíritos, que esses indivíduos recebiam apenas algumas verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e, a maior parte do tempo, simbólico. Entretanto, não há para o homem estudioso nenhum antigo sistema filosófico, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, pois em tudo há os germes das grandes verdades que, ainda que pareçam contraditórias, esparsas que estão em meio a acessórios sem fundamento, são muito fáceis de entender, graças à chave que o Espiritismo dá para uma multidão de coisas que puderam, até aqui, parecer sem razão e que, hoje, a realidade vos demonstra de uma maneira irrecusável. Não deixeis, portanto, de tirar dessas matérias assuntos de estudo; elas são muito ricas e podem contribuir muito para a vossa instrução.

O bem e o mal

629 Que definição se pode dar à moral?

– A moral é a regra do bem proceder, ou seja, a que permite distinguir entre o bem e o mal. Ela é fundada sobre o cumprimento da lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo para o bem de todos porque, então, cumpre a lei de Deus.

630 Como se pode distinguir o bem e o mal?

– O bem é tudo o que está conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a lei de Deus; fazer o mal é infringir essa lei.

631 O homem tem, por si mesmo, meios de distinguir o bem do mal?

– Sim, quando crê em Deus e de fato quer saber porque Deus lhe deu a inteligência para distinguir um do outro.

632 O homem, sujeito ao erro como está, não pode se enganar no julgamento do bem e do mal e acreditar que faz o bem quando, na realidade, faz o mal?

– Jesus disse: “o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles”. Tudo está aí resumido. Vós não vos enganareis.

633 A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, não pode se aplicar à conduta pessoal do homem para consigo mesmo. Ele encontra na lei natural a regra dessa conduta e um guia seguro?

– Quando comeis em excesso, isso vos faz mal. Pois bem! Deus dá a medida daquilo que precisais. Quando a ultrapassais, sois punidos. Ocorre o mesmo com tudo. A lei natural traça para o homem o limite de suas necessidades; quando a ultrapassa, é punido pelo sofrimento. Se o homem escutasse, em todas as coisas, a voz que diz basta, evitaria a maior parte dos males de que acusa a natureza.

634 Por que o mal está na natureza das coisas? Eu falo do mal moral. Deus não poderia criar a humanidade em condições melhores?

– Já vos dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes. (Veja a questão 115.) Deus deixa ao homem a escolha do caminho. Tanto pior se tomar o mau: sua peregrinação será maior. Se não houvesse montanhas, o homem não compreenderia que se pode subir e descer, e, se não houvesse rochedos, não compreenderia que há corpos duros. É preciso que o Espírito adquira experiência e para isso é necessário que conheça o bem e o mal; é por essa razão que há a união do Espírito ao corpo. (Veja a questão 119.)

635 As diferentes posições sociais criam necessidades novas que não são as mesmas para todos os homens. A lei natural parece, assim, não ser uma regra uniforme?

– Essas diferentes posições estão na natureza da vida do homem e de conformidade com a lei do progresso. Isso não invalida a unidade da lei natural que se aplica a tudo.

As condições de existência do homem mudam de acordo com os tempos e os lugares, o que resulta para ele em necessidades diferentes e posições sociais apropriadas a essas necessidades. Porém, essa diversidade está na ordem das coisas, está conforme a lei de Deus e é una, quanto ao seu princípio. Cabe à razão distinguir as necessidades reais das necessidades artificiais ou convencionais.

636 O bem e o mal são absolutos para todos os homens?

– A lei de Deus é a mesma para todos; mas o mal depende principalmente da vontade que se tem de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal é sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem; a diferença está no grau de responsabilidade.

637 O selvagem que cede ao instinto e se nutre da carne humana é culpado?

– Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem! O homem é mais culpado à medida que se torna mais consciente daquilo que faz.

As circunstâncias dão ao bem e ao mal uma gravidade relativa. O homem comete muitas faltas que por serem a conseqüência da posição em que a sociedade o colocou não são menos repreensíveis; mas a responsabilidade está na razão dos meios que tem de compreender o bem e o mal. É assim que o homem esclarecido que comete uma simples injustiça é mais culpado aos olhos de Deus do que o selvagem ignorante que é governado pelos instintos.

638 O mal parece, algumas vezes, ser conseqüência da força das coisas. Por exemplo, em alguns casos, a necessidade de destruição, mesmo dos nossos semelhantes. Pode-se dizer que haja infração à lei de Deus?

– Não deixa de ser o mal, ainda que necessário; porém, essa necessidade desaparece à medida que a alma se depura, ao passar de uma existência para outra; e então, o homem se torna mais culpado quando o comete, porque melhor o compreende.

639 O mal que se comete não é, muitas vezes, o resultado da posição em que nos colocaram outros homens? E, nesse caso, quais são os mais culpados?

– O mal recai sobre aquele que o causou. Porém, o homem que é conduzido ao mal pela posição que exerce é menos culpado do que aqueles que o causaram; contudo, cada um será punido, não somente pelo mal que tiver feito, como também pelo que tiver provocado.

640 Aquele que não faz o mal, mas que se aproveita do mal feito por um outro, é culpado da mesma forma?

– É como se o cometesse; ao tirar proveito participa dele. Talvez não pratique a ação; mas se, ao encontrar tudo feito, faz uso disso, é porque a aprova, e ele mesmo o faria se pudesse, ou se ousasse.

641 O desejo do mal é tão repreensível quanto o próprio mal?

– Depende; há virtude em resistir voluntariamente ao mal que se deseja praticar, especialmente quando se tem a possibilidade de satisfazer esse desejo; mas se é apenas por falta de ocasião, há culpa.

642 Basta não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar um futuro melhor?

– Não. É preciso fazer o bem no limite de suas forças, porque cada um responderá por todo o mal que resulte do bem que não tiver feito.

643 Há pessoas que, pela sua posição, não têm a possibilidade de fazer o bem?

– Não há ninguém que não possa fazer o bem; somente o egoísta nunca encontra ocasião. Bastam as relações sociais com outros homens para encontrar ocasião de fazer o bem, e cada dia de vida dá a oportunidade a quem não esteja cego pelo egoísmo; porque fazer o bem não é somente ser caridoso, é ser útil na medida de vosso poder todas as vezes que vossa ajuda se fizer necessária.

644 O meio onde alguns homens vivem não é para eles a causa primeira de muitos vícios e crimes?

– Sim, mas isso ainda é uma prova escolhida pelo Espírito no estado de liberdade. Ele quis se expor à tentação para ter o mérito da resistência.

645 Quando o homem está, de algum modo, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se torna um arrebatamento quase irresistível?

– Arrebatamento, sim; irresistível, não, porque, em meio à atmosfera do vício, encontrais, algumas vezes, grandes virtudes. São Espíritos que tiveram força de resistir e, ao mesmo tempo, a missão de exercer uma boa influência sobre seus semelhantes.

646 O mérito do bem depende de algumas condições ou há diferentes graus de mérito no bem?

– O mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo; não há mérito em fazer o bem sem esforço e quando não custa nada. Deus tem mais em conta o pobre que partilha de seu único pedaço de pão do que o rico que dá apenas o supérfluo. Foi o que Jesus ensinou ao falar da esmola da viúva.

Divisão da lei natural

647 Toda a lei de Deus está contida no ensinamento de amor ao próximo ensinado por Jesus?

– Certamente esse ensinamento contém todos os deveres dos homens entre si; mas é preciso vos mostrar sua aplicação, senão deixareis de o cumprir como fazeis até hoje; aliás, a lei natural compreende todas as circunstâncias da vida e esse ensinamento é apenas uma parte da lei. Os homens necessitam de regras precisas. Os ensinamentos gerais e indefinidos, por serem muito vagos, possibilitam diversas interpretações.

648 Que pensais da divisão da lei natural em dez partes compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade?

– Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e pode abranger todas as circunstâncias da vida, que é essencial. Podeis segui-la, embora ela nada tenha de absoluto, como não têm os outros sistemas de classificação que dependem do ponto de vista sob o qual se considere o que quer que seja. A última lei é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras.

Prof. Wilma